quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Não raras vezes me fiz destino. 
Definitivamente não nasceu comigo uma grande dose de paciência e espera. Sou sim serena, tranquila e sonhadora, mas esperar acontecer? Definitivamente não é coisa fácil para mim. E assim, muito pouco, do que propus para minha vida ou do que a vida me propôs deixou de acontecer.  Nem só de magia e pretensão foram feitas essas decisões até que se transformassem em realizações. Mas existe pouco do que reclamar, pois quando cheguei ao mundo trouxe como herança genética muita vontade e persistência. Serena e intensamente guerreio em causa própria. E das vezes que vida me acenou positivamente me fiz destino e fui em busca de tudo aquilo que me era direito. Efêmeros, duradouros, intensos, descartáveis, felizes, infelizes, coloridos, transparentes, de riso, de choro, de cobrança, de recompensa, de paz, turbulentos, graciosos, penosos, interessantes, interesseiros, de construção, de destruição, de raiva, melancolia, de fraqueza, fortaleza, de tudo, de nada, de prazer, amor, paixão, amizade... cada vivência, experiência, pessoa, momento, sonho... tudo era meu, me pertenceu. Se me fiz de destino porque não suportei esperar ou se me fez destino para fazer acontecer, pouco interessa. Era meu, para ser meu. Eu precisava viver, vivenciar, usufruir... Tudo devia mesmo ser parte íntima das partes que fazem minha história de ser Ana Luisa do Nascimento. Ciente de que ainda há muito por construir para enredar essa vida sei que muitas vezes mais, impaciente, me farei destino.  Por mais tortuosos ou conturbados que possam ser os caminhos os traços de desejo e realização são certeiros.

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