A alma já está estremecida... anjos e demônios em alvoroço para a fase de êxtase dos astros que regem meu signo. Será céu ou inferno astral?

Certas vezes preciso atentar para frear minhas expectativas. Na empolgação das minhas pretensões,  espero ações alheias de acordo com as suas capacidades. No entanto, há pessoas que submestimam-se em praticar exatamente o necessário, ficando muito além da capacidade. Não consigo me contaminar com essa comodidade de atuação. O grande problema é que, diante disso,  acabo precisando travar as expectativas e até as ações,  agindo assim comprometo também a minha capacidade. Limitar-me ao básico me faz esmorecer.

Não espere tempestade de quem só pode oferecer brisa. Ninguém será nada além daquilo que submete-se a viver. Se para você não é suficiente sobreviver  com ventos suaves poderás optar pelos vendavais, mas siga ciente de que a opção é de vida intensa e com riscos de consequências, no mínimo muito mais impactantes. 
Também é conveniente lembrar, que não é necessário tanto receio em optar por uma vida sacudida por tempestades, afinal nossa capacidade de reconstrução é enorme e nos permite em novas tentativas, ou em oportunidades de refazer, fazê-las com melhorias. Aperfeiçoar os viveres garante uma vida muito mais empolgante. 
Há quem seja feliz somente com ventos suaves, para mim não basta, me soa patético. Creio que inadequado é não permitir-se melhorar, mesmo que para isso seja necessário estraçalhar-se. 

A fase é de grandes desproporções, com os sentimentos totalmente desmedidos. As sensações de deslumbre chegam como uma grande descarga de encantamento, mas praticamente em instantâneo misturam-se a minha condição de liberdade e me bloqueiam para as permissões que gostaria de me submeter. No entanto, prevalece a disciplina que quer evitar novas ranhuras sentimentais. Ao mesmo tempo, me preservo dessas moléstias e me privo do proveito absoluto das possibilidades. Me permito viver frações dessas outras vivências e desencanto. 

Por vezes, segui carregando a vontade de mais uma provinha dessas pequenas porções, mas segui. Outras tantas, apenas segui convicta da minha necessidade de seguir. 

Nesta trajetória me arrebatam turbilhões de emoções que transitam entre a minha certeza de bem estar em minha plena liberdade e a minha carência de outros viveres, que uma vez que outra me surpreende ao me perceber desejando um tantinho a mais de prazo.

Não me detenho em desfrutar apenas os momentos perfeitos, aproveito todos os perfeitos momentos das boas coisas da vida que acontecem com naturalidade.

Me agrada muito quando o destino salpica de satisfações o meu dia.

Respira fundo e segue em frente. Em dias de melancolia é inevitável buscar apoio em fragilidades e se decepcionair ainda mais.  

Se em momento algum me pertenceu por que eu haveria de ter receio de perder? Se só me fores aconchego em dias chuvosos, nem reclamo. Venha e faça tempestade. Nos outros dias vou me distrair ensolarada. Mas, confesso haverá dias em que estarei intensamente aliada as orações de tempos de estiagem e não me cansarei de fitar o céu esperando a chuva. 

Fica tão dificultoso o convívio quando a sinceridade, que devia ser premissa, torna-se coisa rara de se esperar. Infelizmente, isso acaba fazendo com que em momentos de profunda sinceridade sejamos desacreditados.

Mais cedo ou mais tarde a maturidade balzaquiana vai nos mostrar que é possível viver com muito mais intensidade as encantadoras simplicidades. Acabamos descobrindo que não são necessárias tantas explicações para aproveitar as oportunidades. Se chegam até você são suas, e só você pode vivê-las, não precisa de explicação, é só viver. Afinal, com explicação ou sem, se você quer alguma coisa você vai fazer. Bendita maturidade que nos tira o juízo sobre a preocupação com as sentenças alheias.

O ideal seria que eu pudesse manter em segredo, inclusive para mim mesma, esses confidenciais arrojos que me divertem. Se me fossem segredo também, não perceberia esses murmúrios de sensações que vertem.

Se é só passagem, que seja de muitos sonhos e muitas vivências. Para quê cercear tanto a vida de vida?

É bem verdade que eu brinco com os sentimentos, mas só com os meus.

Pensando bem... nessa história há muito mais verdade do que minha ilusão tentava ocultar. Pensando bem... estava tentando disfaçar a realidade chamando-a de ilusão. Pensando bem... me faltava coragem para admitir essas verdades que estavam criadas. Pensando bem... me faltava ímpeto para encarar essa história real. E ficava muito mais fácil e divertido brincar de faz de conta com essas coisas sérias da vida. Pensando bem, o melhor seria não pensar em nada disso e deixar tudo como está.

Precisei, com amarras fortes, prender as ilusões que teimaram em desordenar os pensamentos. Tentei manter a ordem, mas quem diz que é fácil ser sensato por mais improváveis que sejam os pensamentos. A dificuldade é maior ainda quando eles são, fracamente, bastante interessantes.

E você fica tão cansado que simplesmente vai deixando que as pessoas passem pela sua vida. Só lhe caberia um tantinho mais de atenção para aproveitar essas pessoas tão interessantes que cruzaram teu caminho...mas você está tão cansado.  

Sempre ao amanhecer, já vai me encontrar refeita. Não importa quais limites eu tenha ultrapassado. Assim sendo, terás de me reconquistar a cada novo dia.

Se fosse apenas uma questão de química seria fácil resolver. As fórmulas nós sabemos, e temos pleno domínio sobre as combinações necessárias para  os resultados que queremos atingir. No entanto, a situação é matemática. Para mim a relação é básica: somar, diminuir, dividir e multiplicar sempre buscando resultados positivos. Já você é uma incógnita. 

Por vezes deixo que as minhas impaciências desvirtuem a sensatez. Embaraçada, entre as possiblidades e as ilusões, me permito fantasiar e algumas vezes até realizar.

O melhor para essa noite é tentar dormir logo, pois ficar sonhando acordada está em demasiado perigoso!

O que há de errado em querer mais daquele beijo doce apimentado ou seria aquele beijo de pimenta adoçado?

Nos dias em que o corpo é tomado pela fadiga, a temperatuda é febril e os pensamentos ficam exaustos é que sentimos falta do tão fundamental cafuné.

Preciso findar esses pensamentos confusos sobre esses sinais que não compreendo. Sei bem da minha gana por desafios.

E bate aquela vontade de ser vento para vagar por aí... e em tom de brisa passar por você, roçar tua pele, afagar tua face, sair carregando teu perfume. Ou em tom de rajada bagunçar teus cabelos exatamente como os carinhos que despenteiam e despertam risos de graça. Só disfarce para estar perto sem ter de dar explicações. Se faz bem não há necessidade de justificativas só desfrutar dos momentos já basta, já cumpre o seu papel...

Sendo bem sincera, estou carente de sinceridades.

Há dias em que estamos tão sensibilizados que até as músicas machucam.

Eu quero sonhos trocados e ausência de culpa.

É sempre muito mais interessante conhecer as pessoas por elas mesmas. Assim ficam muito mais sinceras e justas as percepções.

A dificuldade em criar ligações profundas deixou no automático a opção deixa pra lá. 

Às vezes me faço de desentendida e entro jogo, nem que seja somente para ganhar o momento. E às vezes, realmente só isso me basta.

Se me aguça a curiosidade
não cessarei até que esteja saciada...
... de cheiros, olhares, toques, sensações e sentimentos.
Se não faltar criatividade,
terás o poder de manter-me ocupada querendo
novas descobertas. 

Durante a madrugada esbaldo-me sonhando acordada. 

Quando se trata da minha vida, é inevitável reagir.

Fico assim me equilibrando nas incertezas da vida, esperançosa de que ajustem-se e tornem-se certezas. Não estimo por quanto tempo vou suportar as instabilidades. Não sei viver assim tão incerta, sem saber se permaneço e arrisco cair em qualquer desiquilíbrio ou se devo aproveitar o bambear das dúvidas e saltar para buscar estabilidade em outras aventuras que soam mais firmes.

Não cessa esse soberano desejo de desejar e desejar.