terça-feira, 20 de março de 2012

Não temo o amanhacer, mas me surpreendo com todas as expectativas que despertam com ele.
Eu já tenho asas, sei voar. Você precisa me convencer a te levar em meus voos. Oferte-me ilusões convincentes, faça-me desejar tua companhia.
Eu realmente tenho desperdiçado chances. Propostas vazias que não me atraem.

domingo, 18 de março de 2012

Há dias em que os sentimentos menos alegres ficam líquidos e externos.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Toda alinhada, provoquei. Desajeitado recuou, foi-se sem promover a desordem. Partiu todo bagunçado. Toda alinhada, permaneci. 

terça-feira, 13 de março de 2012

Minha tentação: essa tua boca onde a desgraça não é pouca. Essa tua boca que me deixa sem graça, que me deixa cheia de graça... 

Não te consumas em indagações. Venha, me conheça e tenha conclusões. 

Somente palavras... 
Algumas carregadas de sentimento, outras de pura imaginação. Umas traduzindo sensações, umas apenas para descrever histórias. Algumas vivenciadas, algumas compartilhadas e algumas outras apenas inventadas. Se me questionas  sobre o que escrevo respondo que são só palavras, umas com causa e efeito, outras apenas para efeito. É só um exercício de palavrear verdades, vontades, revoltas, ilusões, fatos, atos, inventos, imaginações e inspirações. Pois convenhamos: palavrear é muito mais simples do que "sentimentar". 





Tuas condenações e julgamentos não me servem. Não me permito ser julgada por pessoas com experiências e ambições limitadas. Para teus conceitos, tão reduzidos, há realmente liberdade e atitude em demasiado no meu modo de viver. 

segunda-feira, 12 de março de 2012

Há fases em que fico descrente de gente. São momentos em que ficam dissipadas as possibilidades de encantos e paixões. É temporada de fortaleza fragilizada. Ocasiões de sentir-se despedaçada. Períodos em que a vida é áspera ao moldar as estruturas que precisamos construir para nos manter no caminho que planejamos seguir. 



(pintura de Claudio Souza Pinto) 

quinta-feira, 8 de março de 2012

Ficam mais complicadas as resoluções quando há tanta vida nas coisas da gente...

quarta-feira, 7 de março de 2012

Não precisa durar a vida toda, pode ser só o todo de um bom momento.

domingo, 4 de março de 2012

Neste entardecer, junto com a brisa fresca que entra pela janela vieram lembranças bolorentas que não me pertencem mais. 

Me divirto com a tua ingênua esperteza. Tão ardiloso e bobo acredita piamente que me convence com suas tolas mentiras.
Mesmo quando está tudo, relativamente, bem é preciso dar uma pausa e pôr em ordem o seu mundo. Muitas vezes, vamos nos deixando levar pelas atividades dos outros mundos e quão nos fazem bem essas vivências alheias, mas estas mesmas, tantas vezes, quase que naturalmente acabam deixando em segundo plano e até mesmo anulando as nossas atividades, os nossos desejos e as nossas necessidades. 
Meu momento é de pausa. É hora de realinhar as vivências. Analisar as permissões. Averiguar o quanto bem realmente me fazem essas pessoas, experiências, ações, dedicação e sentimentos que constam no rol de bom dos meus viveres. 
Já percebi que muitas de todas as minhas coisas boas terão de ser dosadas para que eu me permita mais experiências boas e novas oportunidades. De algumas, talvez, eu até precise me privar. 
Fica muito melhor assim, sem muitos pesares e penas, decidir, dentro do possível, como irá conduzir e com quem irá dividir o seu mundo e de que novos mundos irá fazer parte.  
E é claro, tudo isso acontece ciente de que por mais organizado ou planejado que esteja o seu mundo,  seu caminho está intensamente suscetível as surpresas e intempéries do destino que sempre vêm para bagunçar tudo. 
Não estou me fechando para nada, estou apenas tentando pôr em ordem o meu mundo porque quero estar preparada para todas, as apaixonantes, imperfeições que a vida me reserva. Pois, na mais perfeita ordem das coisas tudo estava em total desalinho.

(*pintura de Claúdio Souza Pinto)

sábado, 3 de março de 2012

Fico temerosa nestas fases em que o olhar fica desnudo de brilho.