segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ao mundo mostra-te nesta armadura, desumana, de perfeição com receio de perder o vigor e romper com as convencionalidades. E assim, percebo-te tão estranho, pois conheço-te tão humano, sonhador e suscetível às ansiedades sobre a vida que almeja. E tenho ainda minhas interpretações para o desgastado e acostumado amor que juras eterno e intenso, pois afinal percebo-te tão resolvido em buscar os acasos em outros breves envolvimentos. Vejo-te nesta armadura tão temeroso. Vejo-te tão corajoso em enganar-se com ligeiras ilusões para manter-se fortalecido nesta desumana perfeição que acaba por afastar-te dos teus verdadeiros anseios. Espero não ver-te por toda vida carregando o peso desta armadura. Já agora lamento ser espectadora das oportunidades que a vida lança-te e você ignora agarrado nesta carapuça que externamente te fortalece e intimamente tanto te dilacera.    

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