Lê minhas palavras, mas não decifra minhas intenções... acompanha meus passos,  mas não entende meus desejos...
admira meus olhos, mas não satisfaz meus lábios...
Tudo poderia ser diferente, mas...

Meus medos rabiscam sentimentos, minhas coragens 

traçam desistências. Coleciono páginas de fim 

com histórias inacabadas. 

Só você não percebia que meu olhar suspirava brilho toda vez que te via. 

Ainda que eu desvie meu olhar do teu, vou mirar teus trajetos. Já aprendi a me desvencilhar dos apegos, por puro apego.

Nem que seja de retalhos, sou sempre inteira! 
A vida e o destino costuram para que eu seja completa. 

Às vezes o medo aquietava-se e deixava a paixão encorajar-se. Pouco depois a plena ciência das coragens aquietava os sentimentos.  Desejava mesmo intensidade, mas se o medo afugentava o querer, ainda era hora de fugir. 

Sobre amores. Um dia resolvi reler as páginas, das coisas vividas, história passadas, e percebi que todos os finais resultaram da minha falta de segurança. Eu nunca tive coragem suficiente para deixar que gostassem de mim. Em todas as histórias eu dei muitos motivos para que fossem embora. Sempre procurei a melhor desculpa esfarrapada, para, como é que eu posso explicar... fugir.